Um relatório oficial israelita publicado este domingo concluiu que a ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, no verão passado, foi legítima e
Um relatório oficial israelita publicado este domingo concluiu que a ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, no verão passado, foi legítima e dentro da lei.
No documento de 277 páginas são lamentados os danos colaterais nas ações militares em zonas civis, que, apesar de tudo, diz o relatório, foram legais.
O primeiro-ministro de Israel considera que o relatório das Nações Unidas, ainda por publicar, está deturpado.
“Se alguém quiser saber a verdade tem que ler o nosso relatório e também ler o relatório dos generais seniores. Quem quiser uma acusação sem fundamento e automática contra Israel pode perder tempo a ler o relatório da ONU”, afirmou Benjamin Netanyahu, durante uma reunião do conselho de ministros.
O Hamas, a outra parte beligerante, reagiu à publicação do documento israelita.
“O relatório é a ocupação israelita a tentar exonerar-se dos seus crimes em Gaza. É uma tentativa israelita para controlar a narrativa internacional em antecipação do relatório do conselho dos direitos humanos da ONU”, argumenta Sami Abu Zuhri.
Israel colocou em causa a imparcialidade do relatório da ONU, ainda a ser publicado, pelo facto do presidente da comissão de inquérito ter sido consultor da Organização de Libertação da Palestina. Mas William Schabas demitiu-se há três meses para não influenciar as conclusões.
Na guerra morreram 2256 palestinianos, 70% eram civis. Do lado israelita, perderam a vida 77 soldados e 3 civis.