Um guia para compreender os gases com efeito de estufa

O que são os gases com efeito de estufa?
Trata-se de gases que retêm parte da radiação e do calor na atmosfera terrestre, o que permite um nível de aquecimento essencial para a manutenção da vida na Terra. É um fenómeno natural que remonta à formação do planeta. No entanto, a atividade humana tem provocado uma concentração cada vez maior destes gases, o que impede o fluxo de saída do calor e leva ao aumento da temperatura global.
Estamos a falar de diferentes tipos de gases:
- o dióxido de carbono* (CO2)
- o metano* (CH4)
- o óxido nitroso* (N2O)
- os clorofluorcarbonetos* (CFCs)
Quais são os países que mais aquecem o planeta?
De acordo com a NASA, em 134 anos de registos oficiais, os 10 anos mais quentes ocorreram todos após 2000, à exceção de 1998, sendo que 2014 bateu todos os recordes. O gráfico do aumento gradual da temperatura fala por si.
O aumento das emissões destes gases é a principal causa das alterações climáticas. Desde o início da Revolução Industrial, em meados do século 18, os níveis de dióxido de carbono dispararam quase 40% e os de metano, 150%.
Que atividades agravam este contexto?
- Indústrias do carvão, petróleo e gás* (combustíveis fósseis)
- Deflorestação*
- Criação de gado* (emissões de metano)
- Uso de fertilizantes que contêm nitrogénio*
- Gases fluorados* (utilizados nos equipamentos de refrigeração, por exemplo)
Pode encontrar o relatório do Eurostat sobre os setores mais poluentes na União Europeia aqui.
As principais consequências
O aquecimento global
- O gelo nos pólos derrete e o nível dos oceanos sobe
- Fenómenos climáticos extremos cada vez mais frequentes
- Acidificação dos oceanos
- Alterações no desenvolvimento das plantas
- Aumento dos níveis de poluição
- Degradação da camada de ozono (no entanto, um relatório publicado pela ONU aponta para a recuperação até 2050).
As medidas que foram tomadas
Em 1987, o Protocolo de Montreal proíbiu o uso de alguns gases fluorados. A União Europeia apresentou uma proposta de aditamento, em abril de 2015, para estipular também a redução da utilização de hidrofluorocarbonetos (HFCs).
Na última cimeira do G7, na Alemanha, foi traçado um objetivo muito ambicioso: o de acabar com a utilização de combustíveis fósseis até ao final deste século. A Greenpeace defende mesmo a antecipação da meta para 2050. A euronews fez uma síntese dos objetivos a alcançar no artigo Emissões de CO2, Combustíveis Fósseis e Energias Renováveis: Corrida em Contra-Relógio.
O Protocolo de Quioto, assinado em 1997, estabelece metas concretas para a reduçao das emissões de gases com efeito de estufa, sendo uma extensão da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. O acordo prevê a cooperação entre países, nomeadamente na reforma do setor energético, na promoção das energias renováveis e na proteção das florestas.