No Iraque, uma comissão de inquérito parlamentar considerou o antigo primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, e 35 outras pessoas, responsáveis pela queda
No Iraque, uma comissão de inquérito parlamentar considerou o antigo primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, e 35 outras pessoas, responsáveis pela queda de Mossul, agora no poder do autoproclamado estado islâmico. O presidente do parlamento vai transmitir o relatório ao ministério público para se poder abrir um processo judicial.
Chefe do executivo iraquiano lança ambicioso plano de restruturação do Estado: prevê reformar completamente o sistema que encoraja a corrupção e a incompetência, que impediu a luta contra os invasores jihadistas.
Como chefe do Estado Maior das Forças Armadas, al-Maliki é acusado de ter centralizado o controlo do exército nos seus serviços, por isso foi o principal responsável pelo seu enfraquecimento, escolhendo os comandantes em virtude da sua lealdade e não pela sua competência.
Os cidadãos, em geral, estão ansiosos:
- Todos os antigos dirigentes são responsáveis pela queda de Mossul e outras partes do território, e também pela deterioração económica no Iraque. A incompetência dos antigos dirigentes levou-nos para o abismo.Estado Islâmico executou mais de 2 mil pessoas após tomar cidade no Iraque. http://t.co/dpcqkNkY3Fpic.twitter.com/6X5b5o08PQ
— Jornal O Globo (@JornalOGlobo) August 8, 2015
O grupo extremista sunita EI, lançou uma ofensiva relâmpago no norte do Iraque em junho de 2014. facilmente conquistou Mossul às forças governamentais. também tomou o controlo de vastas áreas do território a norte e ocidente de Bagdade.
Em Mossul, ignora-se quem deu ordem de retirada e abandono do combate aos militares.
No poder há um ano, o chefe do executivo lançou um ambicioso plano de restruturação do Estado. Prevê reformar completamente o sistema que encoraja a corrupção e a incompetência, que impediu a luta contra os invasores jihadistas.
Estado Islâmico captura jornalista no Iraque; oito repórteres seguem com os jihadistas: http://t.co/X3KOnI5hed#IMPRENSA
— portalimprensa (@portalimprensa) August 17, 2015
Al-Abadi, também validou, no domingo, a decisão de criar um conselho de investigação para levar a tribunal marcial os comandantes militares que abandonaram as posições na batalha contra os militantes islâmicos em Ramadi.
Para reconquistar esta geoestratégica cidade, o exército conta com as milícias xiitas, apoiadas pelo vizinho Irão.
Hisham al-Hashimi, analista político:- Claro que Terrão interfere na questão da detenção e no julgamento de Nouri al-Maliki. Tornou-se claro através dos inquéritos das comissões políticas e de outras pressões iraninas sobre o Iraque, no sentido de impedir esta via.
As reformas iniciadas pelo governo constituem a resposta a uma onda de protestos contra a corrupção e a incompetência da classe política.
O descontentamento popular foi expresso recentemente em Bagdad e no sul do Iraque, onde aumentaram os cortes de energia diários com temperaturas superiores a 50°C.