A Polónia pode acolher mais do que 2000 refugiados

A Polónia pode aceitar mais refugiados do que os 2000 que tinha declarado inicialmente – mas não diz quantos, e continua a recusar o sistema de quotas vinculativas que Bruxelas quer instaurar.
O presidente da Comissão Europeia fez questão de recordar que nós, polacos, também já fomos refugiados" - Ewa Kopacz
A primeira-ministra polaca, Ewa Kopacz, defende, contudo, que a Polónia deve poder controlar quem, quantos e quando é que vai receber refugiados e explica que as negociações continuam.
“É do nosso próprio interesse agir de forma integrada e eficaz no seio da União Europeia e é preciso termos alguma decência. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, fez questão de recordar que nós, polacos, também já fomos refugiados”, explica Ewa Kopacz.
Quanto ao novo presidente polaco, Andrzej Duda, próximo do partido Direito e Justiça, recusa quaisquer quotas e prefere falar dos traficantes que, na sua opinião, serão os beneficiários do sistema.
“Temos de ter em consideração que, na sua maioria, os que ajudam os imigrantes a alcançar as fronteiras europeias são criminosos organizados e especializados no tráfico de seres humanos”, acusa Duda.
A Polónia acolhe atualmente imigrantes ucranianos, chechenos e georgianos, como aqui, neste bairro de Czerwony Bor.
Segundo o plano apresentado, esta quarta-feira, pela Comissão Europeia, o país, de 38 milhões de habitantes, deveria acolher 9300 refugiados do Médio Oriente.