As peças do dominó Volkswagen continuam a cair. Agora foi a Suíça que decidiu ordenar a suspensão da venda dos veículos a gasóleo, incluindo outras
As peças do dominó Volkswagen continuam a cair. Agora foi a Suíça que decidiu ordenar a suspensão da venda dos veículos a gasóleo, incluindo outras marcas do grupo, como a Audi, a Seat e a Skoda. Ao todo, esta medida abrange cerca de 180 mil automóveis que poderão integrar um software que ocultava emissões de dióxido de carbono na estrada 40% superiores ao que era publicitado.
O homem encarregue de sanar tudo isto é Martin Müller, que transita da liderança da Porsche e que anuncia como prioridade recuperar a confiança dos consumidores. Nas suas palavras, “o que importa agora é agir com precaução, isso é mais importante do que agir com rapidez. Nada disto se pode voltar a repetir. Vamos aplicar regras ainda mais rigorosas. É o compromisso que assumo.”
Mas há especialistas em marketing que dizem que o mal já está feito, afetando não apenas o grupo automóvel, mas toda a marca “Alemanha” – ou seja, a reputação de fiabilidade e eficiência. Robert Haigh, da Brand Finance, aponta que a dimensão do escândalo está ser extremamente prejudicial, já tendo delapidado o grupo alemão “de um valor tangível na ordem dos 10 mil milhões de dólares”.
A indústria automóvel representa um em cada sete empregos na Alemanha. Nos Estados Unidos, onde as autoridades ambientais detetaram problemas em modelos como o Golf, o Passat ou ainda o Audi A3, estarão a ser preparados processos penais.