EUA e Rússia: O diálogo possível

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De  Ricardo Figueira  com Stefan Grobe, Reuters
EUA e Rússia: O diálogo possível

Foi um encontro breve, sem conferência de imprensa final. Na pose para a fotografia, Barack Obama e Vladimir Putin deixaram transparecer a frieza que continua a marcar as relações entre os Estados Unidos e a Rússia.

Temos muitos pontos em comum, mas também diferenças. É inútil perder tempo com elas. É possível trabalharmos juntos para resolver este problema.

Apesar disso, o presidente russo acredita que há pontos comuns com Obama, no que toca à Síria: “A conversa foi muito construtiva e eficiente. Temos muitos pontos em comum, mas também diferenças. É inútil perder tempo com elas. É possível trabalharmos juntos para resolver este problema”, disse o presidente russo depois da conversa com Obama.

Esta segunda-feira foi a vez de Vladimir Putin falar na Assembleia-Geral das Nações Unidas: “Propomos ser guiados não pela ambição, mas por valores e interesses comuns, com base na lei internacional. Propomos unir os nossos esforços no sentido de encontrar soluções para os novos problemas que enfrentamos, assim como criar uma coligação internacional alargada contra o terrorismo”, disse o presidente russo na tribuna.

Ao contrário de Obama, Vladimir Putin insiste que o combate ao grupo Estado Islâmico tem de passar por trabalhar com o regime de Bashar el-Assad.

“Washington está pronto para cooperar com Moscovo sobre a Síria, apesar das duras críticas que Obama tinha reservado para Putin. Ainda é cedo para dizer se este estranho encontro a dois vai ajudar a trazer progresso ao Médio Oriente, mas Obama não tem muitas opções”, conclui o correspondente da euronews nos EUA, Stefan Grobe, a acompanhar esta Assembleia-Geral da ONU em Nova Iorque.