Obama acusa Putin de proteção a Assad e dar força ao grupo Estado Islâmico

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De  Francisco Marques
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Barack Obama acusou esta sexta-feira a Rússia de estar não estar a bombardear somente o grupo Estado Islâmico (EI ou, na sigla inglesa, ISIL) na

Barack Obama acusou esta sexta-feira a Rússia de estar não estar a bombardear somente o grupo Estado Islâmico (EI ou, na sigla inglesa, ISIL) na Síria, como Moscovo alega, mas também a oposição moderada ao regime de Bashar al-Assad. Para o Presidente dos Estados Unidos, esta aparente proteção camuflada ao presidente sírio representa “uma receita para o desastre” e uma ajuda ao ISIL.

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Assumido aliado do regime de Assad, Vladimir Putin resiste à ideia de uma mudança política na Síria e, pelo contrário, até defendeu na assembleia-geral das Nações Unidas, na segunda-feira, ser “um erro enorme não cooperar com aqueles que combatem frontalmente o terrorismo”. “Nós devíamos reconhecer que mais ninguém, além das Forças Armadas do Presidente Assad, está realmente a combater o Estado Islâmico e outras organizações terroristas na Síria”, afirmou o Presidente russo, em Nova Iorque.

Obama rejeita qualquer apoio ou colaboração com o regime de Assad e insiste numa mudança política na Síria. Embora admita colaborar com a Rússia e o Irão no combate ao ISIL, o chefe da Casa Branca acusa o líder do Kremlin de estar aproveitar o alegado combate aos “jihadistas” e ao terrorismo para ajudar Assad a combater a oposição.

“O motivo por que Assad ainda está no poder é porque a Rússia e o Irão estão a apoiá-lo. A oposição moderada na Síria é uma força de que vamos precisar se alguma vez viermos a ter uma transição política, mas a ação russa está a obrigar essas pessoas a esconderem-se ou a criar uma situação em que esta oposição perde força e isto está apenas a reforçar o grupo Estado Islâmico”, avisou Obama, numa conferência de imprensa, na Casa Branca, em Washington.

O presidente norte-americano acrescentou que “Putin interveio na Síria por debilidade e não por estar numa posição de força” e para ajudar Assad. “Uma solução militar por si só, uma tentativa de a Rússia e o Irão reforçarem a posição de Assad e tentar pacificar a população, vai somente atolá-los num lamaçal, não vai resultar e vai mantê-los ali muito tempo se não tomarem um caminho diferente”, avisou.

Obama lembrou ter lançado uma coligação de 60 países para acabar com os “jihadistas” sunitas do ISIL, que se expandiram pelo Iraque e pela Síria. O líder norte-americano garantiu que a entrada da Rússia nesta aliança seria bem-vinda, mas lamentou que por agora Putin preferiu aproximar-se de Assad e estará também a bombardear zonas controladas pela oposição moderada ao regime sírio, a qual os Estados Unidos vão continuar a apoiar.

Para refrear os receios que começam a levantar-se, Obama rejeitou ainda a ideia de que os Estados Unidos possam vir a entrar em guerra indiretamente com a Rússia através do conflito na Síria. O chefe da Casa Branca mantém a intenção de não intensificar o envolvimento norte-americano no conflito sírio, negando o envio de mais armamento ou militares para ajudar as forças opositoras de Assad.

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