MH17: Inquérito afirma que míssil russo abateu avião da Malaysia Airlines

Um inquérito internacional conclui que o Boeing 777 da Malayasia Airlines, que se despenhou a 17 de julho de 2014, no leste da Ucrânia, foi abatido por um míssil BUK terra-ar, de fabrico russo.
A aeronave foi atingida quando decorriam intensos combates entre separatistas pró-russos e as forças leais ao governo de Kiev.
O inquérito foi conduzido por representantes da Ucrânia, Malásia, Austrália, Reino Unido, Estados Unidos da América, Rússia e foi liderado pela Holanda.
O voo MH17 fazia a ligação entre Amesterdão, na Holanda, e Kuala Lumpur, na Malásia.
A bordo seguiam 298 pessoas, 193 eram de nacionalidade holandesa.
Desde a queda do aparelho, as autoridades ucranianas e russas trocam acusações e imputam responsabilidades ao adversário.
Moscovo alega que o relatório é parcial e contém conclusões erradas. A Almaz Antey, a empresa russa de armamento, garante que a equipa internacional errou na identificação do míssil e na direção do mesmo.
Para provar esta teoria, a empresa russa explodiu, no início deste mês, um avião fora de circulação, com um míssil BUK. Os russos afirmam que o resultado desta experiência prova que o Boeing 777 foi abatido por um míssil de modelo antigo, que já não é utilizado pelas forças de Moscovo, e que terá sido lançado de uma zona a sudoeste do local onde o avião se despenhou.
Em julho, de 2015, a Rússia vetou uma resolução, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que visava a criação de um tribunal especial para julgar os responsáveis deste desastre aéreo. Uma exigência de vários países, encabeçada pela Holanda.
A comunidade internacional procura agora outros meios para desencadear procedimentos judiciais, embora ainda não tenha sido identificado ou detido qualquer suspeito.