Ucrânia: Eleições locais boicotadas em Mariupol

Ucrânia: Eleições locais boicotadas em Mariupol
De  Ricardo Figueira  com Maria Korenyuk

Trata-se, aparentemente, de uma manobra para impedir as forças pró-russas de vencerem.

A Ucrânia foi às urnas para eleições locais, mas nem todo o país votou. Em Mariupol, a última cidade importante da zona de influência pró-russa ainda sob o domínio de Kiev, as assembleias de voto estiveram vazias, porque os boletins de voto, impressos numa tipografia controlada por um oligarca, antigo financiador de Yanukovich, não saíram do armazém.

A versão oficial é que os partidos patrióticos, ou favoráveis a Kiev, não tinham hipóteses de vencer em Mariupol e no Donbass, mas isso não é razão para impedir as pessoas de votar

A comissão eleitoral achou que os boletins poderiam favorecer a fraude mas trata-se, aparentemente, de uma manobra para impedir as forças pró-russas de vencerem:
“A versão oficial é que os partidos patrióticos (favoráveis a Kiev) não tinham hipóteses de vencer em Mariupol e no Donbass, mas isso não é razão para impedir as pessoas de votar”, diz Olha Aivazovska, líder da ONGOPORA”.

Os responsáveis pelo boicote podem agora ter de enfrentar a justiça: “A Comissão Eleitoral Central mandou uma nota ao Ministério do Interior sobre a violação da lei por parte de membros da Comissão Eleitoral Local de Mariupol. Podem vir a ser condenados a penas de até sete anos de prisão”, diz Serhiy Yaroviy, vice-ministro ucraniano do Interior.

“As eleições em Mariupol e Krasnoarmiysk podem ter lugar até ao fim do ano, segundo o presidente Petro Poroshenko, que apelou ao parlamento para que adote emendas à lei eleitoral que permitam o voto nessas duas cidades o mais depressa possível”, conta a correspondente da euronews em Kiev, Maria Korenyuk.

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