Os operadores de turismo na Rússia temem o impacto da decisão do Kremlin de suspender todos os voos para o Egito. A Rússia vai enviar 44 aviões para
Os operadores de turismo na Rússia temem o impacto da decisão do Kremlin de suspender todos os voos para o Egito.
A Rússia vai enviar 44 aviões para o Egito para repatriar os cerca de 79 mil russos que estão no país. Entretanto, para os operadores turísticos, a perspetiva é de “prejuízos colossais”, segundo a porta-voz da Associação das Agências de Turismo da Rússia:
“O Egito é o melhor destino em termos de vendas. Estamos a meio da estação turística no Egito. É o destino mais próximo, mais quente e com preços mais em conta. Oitenta por cento dos russos que fazem férias no estrangeiro escolhem estâncias de praia em países quentes. A situação é por esta razão muito difícil”, disse Irina Tiurina.
Encerrada a opção de férias no Egito para os cidadãos russos, o representante do Kremlin no teritório anexado da Crimeia, Sergei Aksenov, anunciou no sábado a intenção de fazer da Crimeia uma alternativa, com programas de alojamento turístico “em nada inferiores, em termos de qualidade e de preço”.
Não é só na Rússia que o turismo sai abalado do acidente que matou as 224 pessoas que viajavam no Airbus russo. Todavia, enquanto o governo de Londres está a lançar medidas de emergência para repatriar os cerca de 20 mil britânicos que estão em Sharm el-Sheikh, nem todos os compatriotas de David Cameron partilham os seus receios.
Uma jovem turista britânica em férias no Egito, considerou precipitada a decisão do governo britânico de suspender os voos ainda antes de ser conhecido o relatório da caixa negra do avião. Para outra turista britânica na mesma praia, o Egito é bastante seguro e durante onze anos de férias passadas ali, nunca teve problemas.