À escuta do Philae, um ano depois da aterragem no cometa Chouri

À escuta do Philae, um ano depois da aterragem no cometa Chouri
De  Nelson Pereira
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Há um ano, no dia 12 de novembro de 2014, o minilaboratório Philae da Agência Espacial Europeia aterrou no cometa Chouri, lançado pela sonda Rosetta

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Há um ano, no dia 12 de novembro de 2014, o minilaboratório Philae da Agência Espacial Europeia aterrou no cometa Chouri, lançado pela sonda Rosetta.

Durante três dias, o robot enviou resultados de experiências que realizou na superfície do cometa.

As pesquisas efetuadas pelo robot revelaram uma zona central muito porosa, com cerca de 75% e 85% de vazio, sem campo magnético e com uma variação de temperatura entre –180°C e –145°C.

Foram detetadas 16 moléculas orgânicas – vapor de água, metano, monóxido de carbono, formol, acetona e acetamida.

“A maior surpresa foi a presença de oxigénio molecular, algo com que não contávamos. Isto diz-nos muito sobre a origem da matéria que encontrámos, cobre como se formou”, explicou Kathrin Altwegg, investigadora na Universidade de Berna e co-autora deste estudo.

Infelizmente, o Philae posou num local à sombra e foi perdido o contacto. Acordou em junho, para voltar a apagar-se, mas a equipa de cientistas em Toulouse espera por um novo sinal, com o entusiasmo com que festejou a aterragem da Philae.

Depois de se ter afastado a 1500 quilómetros de altitude, a sonda Rosetta, que faz igualmente recolha de dados, voltou a aproximar-se e no fim de novembro estará a menos de 200 quilómetros, uma distância que lhe vai permitir voltar a comunicar com o robot.

Para relançar as experiências, o Centro de investigação espacial de Toulouse não precisa de mais do que dez minutos consecutivos de comunicação entre a sonda e o Philae. 

Se o Philae estiver a funcionar, vai poder fornecer mais dados científicos. É o que saberemos nas próximas semanas, até fim de janeiro. Depois, caberá à sonda Rosetta fazer o trabalho científico que lhe compete. Assitiremos em seguida ao grande momento desta missão científica, quando a Rosetta aterrar em setembro sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, para iniciar mais uma fase de investigações.

Os cientistas estão a postos para voltar em peso a Toulouse, prontos para captar os primeiros sinais de vida do Philae, a 269 milhões de quilómetros da Terra.

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