Paris tenta resistir à vaga de pânico criada pelos atentados de sexta-feira. Milhares de pessoas deslocaram-se no domingo ao memorial das vítimas
Paris tenta resistir à vaga de pânico criada pelos atentados de sexta-feira.
Milhares de pessoas deslocaram-se no domingo ao memorial das vítimas instalado na Praça da República da capital francesa.
Entre os anónimos, uma testemunha do ataque e sequestro na sala de espetáculos Bataclan, relata:
“Durante esta noite, estávamos em casa e vimos as macas a passar, a polícia, os serviços de emergência. Ouvimos muitos gritos, tiros e tivémos medo, pediram-nos que não saíssemos de casa. Os polícias apontavam-nos as luzes para que não ficássemos à janela. Eu fiquei fechada em casa dois dias, tinha medo de sair com o meu filho. A única coisa que podemos fazer agora é juntarmo-nos e mostrar que a França não se deixa derrubar. Tenho pena também por todas as vítimas, tenho uma amiga que perdeu o namorado. Tenho pena por cada vítima, mas penso que agora temos que manter-nos unidos, todos juntos”.