Mulheres auferem menores salários que os homens a nível mundial

A edição de 2015 do Índice de Desigualdade Global de Género mostra um aumento importante de diferenças salariais entre homens e mulheres.
O documento ordena 145 países e mostra que, globalmente, os progressos ao nível salarial e de participação no mercado de trabalho têm sido tão lentos “que só agora as mulheres estão a ganhar o mesmo que os homens ganhavam em 2006”. E sugere “que o mundo vai levar mais de 118 anos — ou até 2133 — a eliminar a desigualdade económica” entre homens e mulheres.
Em indicadores como educação, saúde e participação política, Portugal está longe dos piores resultados. No ranking de 2013, o país já tinha o 109.º maior hiato salarial, melhorou em 2014 e voltou a cair em 2015.
A educação é uma questão crítica quando se trata de alcançar a paridade de género. 25 países resolveram essa lacuna completamente e estão a 5% de alcançar a igualdade.
Curiosamente não parece haver nenhuma ligação entre o aumento da escolaridade e formação das mulheres e o seu potencial de ganhos, em particular em cargos muito qualificados ou liderança.
Assim, com exceção de uns poucos países, o salário das mulheres em todo o mundo é, em média, inferior ao dos homens.
Em geral, elas estão desproporcionalmente concentradas em setores de serviços e ou de tempo parcial – caracterizados por menor pagamento.
O ritmo lento do progresso na redução da disparidade de oportunidades económicas entre homens e mulheres preocupa — a desigualdade económica de gênero diminuiu em apenas 3% na última década.
Em alguns países a disparidade económica entre os dois géneros são gritantes, e não somente em termos de oportunidades nos mercado labroal. Na maior parte deles, a luta das mulheres ainda é por direitos básicos, como o acesso à educação e ao voto.
No Iémen ou na Arábia Saudita as mulheres são segregadas nos espaços públicos, a maioria é iletrada e altamente subordinada ao poder masculino na figura do pai, do marido ou de irmãos.