A reabertura da fronteira entre a Macedónia e a Grécia não parece resolver a situação de mais de três mil migrantes bloqueados há várias semanas
A reabertura da fronteira entre a Macedónia e a Grécia não parece resolver a situação de mais de três mil migrantes bloqueados há várias semanas.
Depois dos confrontos de quinta-feira, apenas os cidadãos de países em conflito (Síria, Afeganistão e Iraque) foram novamente autorizados a cruzar o posto fronteiriço de Idomeni.
Um problema para migrantes como Nasim, de origem iraniana:
“Temos um problema para poder passar, pois eu sou iraniana e o meu marido é afegão. Dizem-me que me divorcie para que ele possa passar, mas eu não quero isso, quero passar a fronteira juntamente com o meu marido”.
Do lado grego, Atenas decidiu ontem pedir a intervenção da UE para gerir a situação nas fronteiras. Uma luz verde após a ameaça de vários países europeus de expulsar Atenas do espaço Schengen.
O vice-ministro da imigração grego, Nikos Xydakis, não hesita, no entanto, em apontar culpas a Bruxelas.
“Desde Maio, que a Grécia tem pedido, de forma insistente, por ajuda técnica, tecnológica e humana e até agora recebemos da Europa muito menos do que aquilo que pedimos”.
A UE discute entretanto a criação de uma guarda europeia para proteger a fronteira do espaço Schengen.
Uma forma de acelerar o patrulhamento ao largo da Grécia, quando o país recebeu até agora metade dos 750 agentes da Frontex pedidos aos 28.
As autoridades gregas anunciaram, entretanto, que pretendem abrir mais quatro centros de refugiados nas ilhas do mar Egeu, para lá daquele situado na ilha de Lesbos, que se encontra já em funcionamento.