A Frente Nacional, partido de extrema-direita, que lidera em 6 das 13 regiões francesas. Para a segunda volta, os socialistas retiram-se da corrida em 2 regiões onde estão em terceiro lugar e criticam
Qual a melhor estratégia face a Marina Le Pen e à Frente Nacional? Esta é a pergunta que se colocam esquerda e direita tradicionais, após a primeira volta das eleições regionais, em França.
No próximo domingo, os partidos com mais de 10% dos votos disputarão uma segunda volta.
Os socialistas retiram-se da corrida em 2 regiões onde estão em terceiro lugar. O primeiro-ministro, o socialista Manuel Valls, critica os conservadores por não fazerem o mesmo:
“Eu assumo as minhas responsabilidades. É a grande diferença entre nós – e entre mim – e Nicolas Sarkozy. Quando se tem responsabilidades públicas, assumem-se as suas responsabilidades e fazem-se opções. Quando amamos o nosso país não hesitamos, temos um objetivo [ndr: impedir a vitória da Frente Popular] e apelamos a votar nos Republicanos”.
Um apelo socialista que visa bloquear a ascensão da Frente Nacional, partido de extrema-direita, que lidera em 6 das 13 regiões francesas.
Quanto à direita conservadora – Os Republicanos -, teria eventualmente um candidato a retirar, na região Languedoc-Roussillon-Midi-Pirinées, onde se situa em terceiro lugar, atrás dos socialistas.
Mas Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês e atual líder dos Republicanos, não tem a mesma visão que Valls: “Os socialistas tomaram uma decisão que respeito, é a escolha deles, e fizeram-na sem lhes termos pedido nada, foi uma decisão clara. E nós fazemos a escolha de manter as nossas listas porque estou persuadido de que somos os únicos a poder representar a união face à Frente Nacional.”
A primeira volta decorreu três semanas após os atentados de Paris, com as questões de segurança, imigração e luta contra o terrorismo em pano de fundo. Mas, segundo uma sondagem pós-eleitoral, no momento de votar, 54% dos franceses diz ter pensado, antes de mais, no “crescimento económico e na criação de empregos”.