A Câmara dos Deputados da Itália rejeitou hoje a moção de censura contra a ministra das reformas, Maria Elena Boschi, acusada de conflito de
A Câmara dos Deputados da Itália rejeitou hoje a moção de censura contra a ministra das reformas, Maria Elena Boschi, acusada de conflito de interesses, depois do governo ter resgatado um banco presidido pelo pai, Pier Luigi Boschi.
A ministra, que desde o início das acusações não tinha feito declarações, defendeu o trabalho do governo e negou estar envolvida em qualquer tipo de favoritismo.
“Digo-vos se eu não respeitasse os meus deveres institucionais, nesse caso, eu seria a primeira a sair. Mas eu não permito que levantem dúvidas sobre a minha honestidade e o respeito pelos princípios da lei”.
O pai da ministra, Pier Luigi, foi vice-presidente do Banco Etruria. A moção, que foi apresentada pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S), recebeu 129 votos a favor e 373 contra.
“Veio aqui e fez um belo discurso também cheio de simpatia e compaixão, também nos disse alguma coisa sobre o passado de alguns membros da sua família. Mas nós não vimos nem de você nem dos membros do Partido Democrata, o mesmo sentimento para com os milhares de cidadãos defraudados pelo decreto”.
Em causa está a intervenção do governo para resgatar quatro bancos em graves dificuldades económicas: Banca Etruria, Banca Marche, Cassa di Risparmio di Ferrara, e di Chieti.
O decreto salvou os trabalhadores e proprietários mas não foi capaz de proteger as poupanças dos pequenos depositantes.
O resgate e colapso posterior dos bancos causou um alvoroço no país. A polémica aumentou com a morte de um cliente pensionista que se suicidou supostamente depois de perder o seu dinheiro no Banco Etruria.