Aterrou, esta segunda-feira, no aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, um avião vindo de Bujumbura, capital do Burundi.
Face à escalada de violência no país, são muitos os que dão ouvidos ao apelo do governo belga e regressam à Bélgica.
Clemence, professora, descreve o ambiente que se vive no país: “é um clima de insegurança, muito incerto. Ou seja, não se consegue planear atividades. Nunca se sabe se é seguro ir a qualquer lado. É realmente pesado”.
O Burundi vive uma enorme agitação desde que, em abril, o presidente Pierre Nkurunziza anunciou a intenção de concorrer às eleições pela terceira vez consecutiva, contra a regra Constitucional. Desde então, uma série de violentos protestos tem assolado o país.
Na passada quinta-feira, o Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana (UA) aprovou o envio de cinco mil soldados com o objetivo de proteger os civis e de evitar uma guerra civil no país.
Mas as autoridades do Burundi referiram que o envio de tropas sem autorização será considerado uma “invasão” e “ocupação forçada” e que vão reagir em conformidade, caso seja consumado.
A ONU estima que, desde o início da onda de violência, já tenham morrido mais de 400 de pessoas e fugido mais 300.000.