O impasse pós-eleitoral prolonga-se em Espanha, depois dos socialistas afirmarem hoje, num comunicado, que não estão dispostos a assumir, “para já”
O impasse pós-eleitoral prolonga-se em Espanha, depois dos socialistas afirmarem hoje, num comunicado, que não estão dispostos a assumir, “para já”, a tarefa de tentar formar um governo.
Um dia após Mariano Rajoy ter rejeitado o convite do rei, o PSOE deverá insistir na necessidade de que o PP apresente um candidato, durante a próxima ronda de discussões com o monarca, agendada para quarta-feira.
Nas ruas de Madrid, todas as opções permanecem em aberto:
“Eu gostaria de ver uma coligação mais moderada , uma vez que Rajoy está de saída, pois percebeu que chegou a hora de abandonar a corrida”.
“Penso que as notícias sobre Rajoy são excelentes, pois já estou cansado de o ver”.
“Se cada partido defender o que nos vendeu, não penso que vão conseguir um acordo, pois defendem ideias bastante diferentes”.
Apesar da proposta do partido Podemos de uma coligação com os socialistas e o partido Esquerda Unida, o PSOE de Pedro Sanchez prossegue os contactos com a formação Ciudadanos, para tentar formar uma aliança que garanta uma maioria sólida no parlamento.
Ontem, Mariano Rajoy tinha rejeitado o convite do rei para formar governo, evocando falta de apoio parlamentar, mas sem abandonar as intenções de assumir um novo mandato.
A Constituição espanhola prevê a convocação de eleições antecipadas, caso o parlamento não aprove um novo governo, dois meses após a primeira votação.