Cinco anos após a revolta contra Hosni Mubarak o Egito está de novo sob o jugo de um regime autoritário, sem oposição e com a economia a meio gás
Cinco anos após a revolta contra Hosni Mubarak o Egito está de novo sob o jugo de um regime autoritário, sem oposição e com a economia a meio gás.
Com exceção da Irmandade Muçulmana, nenhuma outra força política anunciou manifestações para esta segunda-feira para protestar contra o aniversário da insurreição.
A polícia reforçou a segurança no Cairo, especialmente no centro da cidade, praça Tahrir Square símbolo da revolução.
O atual presidente, Abdel-Fattah Al Sis, lembra : “O Egito hoje não é o Egito de ontem. Estamos a construir juntos um país moderno e desenvolvido, um Estado que defende os valores da democracia e da liberdade.”
Em 25 de janeiro de 2011, grandes manifestações começaram a exigir a saída de Hosni Mubarak, na sequência da Primavera Árabe que começou na Tunísia. Os egípcios exigiam pão, justiça e dignidade.
O entusiasmo deu lugar à desilusão : “Eu costumava trabalhar em Aswan antes da revolução e o turismo era grande naquela época. Depois da revolução tudo mudou e não há trabalho, por isso vim para Cairo”.
“A revolução de 25 de janeiro foi um sonho maravilhoso que perdemos infelizmente. Sonhamos que o Egito seria melhor.”No início de 2012, as eleições parlamentares foram vencidas pela Irmandade Muçulmana e Mohamed Morsi tornou-se em junho o primeiro presidente eleito democraticamente no país.
O ex-comandante militar Abdel-Fattah Al Sisi, líder do golpe de Estado que depôs o Governo islâmico de Morsi em 2013, obteve um resultado esmagador na eleição presidencial seguinte. Hoje pelo menos 1.400 manifestantes islâmicos foram mortos na dispersão violenta de comícios, a imprensa e os artistas silenciados.