Presidente dos EUA discursa na COP 27 e diz que "os Estados Unidos estão a agir e todos têm de agir" na luta contra as alterações climáticas
Joe Biden foi a estrela do dia na COP 27. O Presidente norte-americano tinha falhado o início da Conferência do Clima da ONU devido às eleições intercalares nos Estados Unidos e chegou esta sexta-feira a Sharm el Sheikh para enaltecer o papel da sua administração na luta contra as alterações climáticas.
Biden lembrou que estão a investir "mais de 20 mil milhões de dólares para reduzir a emissão de metano, através de ações como a cobertura de poços de petróleo desativados, a reparação de fugas de metano e a melhoria dos equipamentos nos setores do petróleo e do gás" e explicou que estas medidas "permitirão aos Estados Unidos reduzir as emissões de metano em 87%, relativamente aos níveis de 2005, até 2030".
De acordo com o líder da Casa Branca, o corte nas emissões de metano (gás com um poder de aquecimento da atmosfera 80 vezes superior ao do dióxido de carbono) representa a nossa melhor hipótese para manter a objetivo de não aumentar a temperatura média em mais de 1,5ºC, estabelecido no Acordo de Paris.
Biden pediu desculpa pela retirada do seu país do Acordo, durante o mandato de Donald Trump, ainda assim garantiu que o seu país está em condições de cumprir o estabelecido pelo Acordo até 2030.
O Presidente dos EUA mostrou-se otimista mas consciente que os esforços do seu país não são suficientes e sublinhou a importância de trabalhar juntos. Disse que "os Estados Unidos estão a agir e todos têm de agir" e que se é possível financiar a energia a carvão em países em desenvolvimento, não há motivo para não financiar energia verde nesses países.
O discurso do líder norte-americano não esqueceu os países mais vulneráveis, ecológica e economicamente, com Biden a anunciar o reforço no orçamento disponível para ajudar esses países a fazer a transição ecológica.
Antes de subir ao palco, Joe Biden reuniu-se com o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi. Os dois países anunciaram uma parceria para a produção de energia eólica e solar no país africano.