Refugiados: Milhares de migrantes acampam sem condições entre a Grécia e a Macedónia

Refugiados: Milhares de migrantes acampam sem condições entre a Grécia e a Macedónia
De  Francisco Marques com reuters, ministério macedónio do interior
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Sem espaço nem condições de acolhimento para todos, milhares de migrantes e refugiados estão a amontoar-se junto à fronteira da Grécia com a

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Sem espaço nem condições de acolhimento para todos, milhares de migrantes e refugiados estão a amontoar-se junto à fronteira da Grécia com a Macedónia.

As tendas nos centros de acolhimento estão lotadas, nomeadamente em Idomeni, onde a lotação das tendas é para 700 pessoas e um novo grupo chegado segunda-feira teve de juntar-se a cerca de 2000 migrantes já acampados em condiçoes precárias junto a uma boma de gasolina perto de Polikastro, ainda no lado grego, à espera de poderem rumar para Gevgelija, na Macedónia.

O reforço do controlo sobre quem pode ou não atravessar as fronteiras, mas também algumas manifestações nacionais na Grécia e na Macedónia, estão a abrandar o fluxo de refugiados a caminho do centro da Europa.

Sardar, um migrante oriundo do Iraque, reconhece que “não é possível manter todas as pessoas nas tendas”. “Não existem muito mais estruturas, por isso, tivemos de passar a noite ao relento. Dormimos no chão e está muito frio”, lamenta.

Só esta segunda-feira, o Ministério do Interior da Macedónia revelou ter registado entre as “zero” horas e a meia-noite, 908 pedidos de asilo efetuados por cidadãos estrangeiros, incuindo 201 do sexo feminino e 374 crianças.

Em Presevo, já na Sérvia, nota-se uma redução da chegada diária de migrantes para entre os 1000 e 1500. O abrandamento deve-se em parte a um protesto de taxistas, colocados como alternativa de último recurso, depois do comboio e dos uatocarros, para o transporte de refugiados rumo à Sérvia. Os motoristas profissionais macedónios alegam discriminação no direito de acesso ao trabalho.

A representante holandesa da Agência para os Refugiados das Nações Unidas avisa para “o risco de que, se o acesso pela fronteira lhes for recusado, os migrantes procurem entrar na Sérvia recorrendo a esquemas ilegais, como as rotas de contrabando e tráfico”. “Aí, a situação pode ficar mais perigosa”, alerta Astrid Castelein.

Mais a sul, na Grécia, também um protesto de agricultores contra as medidas de austeridade a implementar pelo Governo está a afetar o fluxo de migrantes. Os manifestantes estão a bloquear autoestradas e pelo menos 80 autocarros transportando migrantes e refugiados a caminho da Macedónia foram “apanhados” pelo protesto.

(67.193 migrantes, incluindo refugiados, chegaram à Europea, por mar, 368 estão mortos ou desaparecidos
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