A propagação do vírus Zika continua a abalar a América Latina, num momento em que a Colômbia se tornou no primeiro país a anunciar a morte de três
A propagação do vírus Zika continua a abalar a América Latina, num momento em que a Colômbia se tornou no primeiro país a anunciar a morte de três pacientes infetados.
Os três indivíduos teriam falecido após apresentarem sintomas de paralisia motora, associados ao vírus, quando o Brasil e a Colômbia registam até agora mais de um milhão e meio de casos.
Segundo o ministro da Saúde colombiano, Alejandro Gaviria:
“Temos informações de três mortes relacionadas com o síndrome de Guillain-Barré, os três pacientes foram diagnosticados com Zika”.
No Brasil, um grupo de investigadores afirma ter detetado a presença do vírus ativo em amostras de saliva e de urina, quando analisa a possibilidade de transmissão da doença através de fluídos corporais.
A presidente Dilma Roussef anunciou a mobilização do exército e de mais de 250 mil funcionários para lidar com a epidemia.
As buscas realizadas até agora no país, em mais de 20 milhões de casas, permitiram descobrir focos de infeção em cerca de 3% das residências.
O país registou na última semana um aumento em 14% dos casos de microcefalia em recém nascidos, cuja relação com o o vírus Zika ainda não está cientificamente provada.
A título preventivo, vários governos aconselharam as mulheres grávidas a redobrarem as precauções ou a atrasarem um projeto de gravidez.
O Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, apelou aos países afetados a facilitarem todos os meios às mulheres em risco, nomeadamente o acesso ao aborto, que continua a ser proibido pela lei na maioria dos países afetados.