Haiti evita vazio de poder com acordo para governo interino

Na ausência de um presidente eleito, o Haiti tem de contentar-se, para já, com um governo e um presidente provisórios.
Quando negociamos, nem sempre obtemos o que queríamos. Mas temos de fazer sacrifícios para tirar o país deste impasse - presidente cessante
O presidente cessante e o presidente das duas câmaras do parlamento assinaram um acordo de quatro páginas que prevê, entre outros pontos, a eleição de um presidente interino com um mandato de 4 meses.
Un gouvernement provisoire en #Haïtihttps://t.co/rBUa3DWTVtpic.twitter.com/vhe8ig0aHI
— HuffPost Québec (@HuffPostQuebec) February 7, 2016
Michel Martelly, o presidente cessante, admite que esta não é a melhor solução, mas é a possível: “Quando negociamos, nem sempre obtemos o que queríamos. Mas temos de fazer sacrifícios para tirar o país deste impasse.”
“Este impasse” é a ausência de um novo presidente eleito, com o mandato de Michel Martelly a terminar este fim de semana.
A segunda volta das eleições presidenciais, inicialmente prevista para dezembro, foi adiada ‘sine dia’, após uma primeira volta, em outubro, considerada “fraudulenta” pela oposição.
Desde então, à instabilidade política junta-se o descontentamento de uma parte da população.
Antes do final do mandato, Martelly recordou a todos – e em especial aos atores de violência – que, de cada vez que há confrontos, o país dá um passo atrás.