Óscares 2016: "O Filho de Saul" vale distinção à Hungria em Hollywood

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De  Francisco Marques
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Filme de László Nemes foi o preferido da academia face â concorrência colombiana, francesa, dinamarquesa e jordana. Ao Globo de Ouro e ao Grande Prémio do Júri de Cannes, junta agora o Óscar de melhor

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“O Filho de Saul” confirmou o favoritismo e foi eleito, este domingo à noite, o melhor filme de língua não inglesa na 88.a edição da cerimónia de entrega dos Óscares, os prémios da Academia de Cinema de Hollywood, os prémios mais famosos da sétima arte.

Estreado no Brasil a 4 de fevereiro e, em Portugal, na semana passada (25 de fevereiro), o primeiro filme do realizador László Nemes consagrou este ano a Hungria, diante de concorrentes da Colômbia (“O abraço da Serpente”, de Ciro Guerra), de França (“Mustang”, de Deniz Gamze Ergüven e falado em turco), da Dinamarca (“Guerra”, de Tobias Lindholm) e da Jordânia (“Theeb – O Lobo do Deserto”, de Naji Abu Nowar).

The #Oscar for Foreign Language Film goes to… pic.twitter.com/N57fb1S9qn

— The Academy (@TheAcademy) 29 de fevereiro de 2016

“Gostava de partilhar este prémio com Géza Röhrig, o meu ator principal, e com toda a equipa do elenco, que acreditou no projeto quando mais ninguém acreditava”, afirmou o realizador no palco do Dolby Theatre de Hollywood, em Los Angeles, Estados Unidos, após receber a estatueta dourada.

O filme causou sensação, em maio do ano passado, na estreia mundial nos ecrãs do Festival de Cannes, em França, onde arrecadou o prémio da Crítica Internacional e o Grande Prémio do Júri, presidido em 2015 pelos irmãos Coen. Daí para cá, “O Filho de Saul”, tem colecionado prémios, incluindo, em janeiro, já nos Estados Unidos, um Globo de Ouro também para melhor filme estrangeiro.

Na altura, o diretor de fotografia, Mátyás Erdély, considerava “estes prémios importantes para que mais gente possa ouvir falar deste filme e assim torná-lo mais conhecido”. “Se toda esta loucura à nossa volta significar que mais pessoas que, à partida não iriam ver este filme, agora decidam ir vê-lo, isso é o que mais interessa. É por isso que estes prémios são bons”, reforçou.

“O Filho de Saul” recua a 1944 e conta a história de um judeu húngaro detido em Aushwitz, recrutado pelos nazis para os chamados “Sonderkommando” e forçado a trabalhar na limpeza das câmaras de gás após as sessões do genocídio ali praticadas. Um dia descobre na câmara o corpo de uma criança que parece o seu filho.

“O Filho de Saul” mantém-se em cartaz no Brasil e em Portugal (clique no país para saber em que salas).

Principais prémios ganhos por “O filho de Saul”

- Óscar para Melhor filme de Língua não inglesa (28 de fevereiro de 2016);
– Melhor filme em língua não francesa pelo Sindicato Francês de Críticos de Cinema (2 de fevereiro de 2016);
– Melhor Filme em língua não inglesa nos Prémios dos Críticos de Cinema norte-americanos (17 de janeiro de 2016);
– Grande Prémio da Associação Belga de Críticos de Cinema (10 de janeiro de 2016);
– Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro (10 de janeiro de 2016).
– Melhor Filme Independente Internacional no Reino Unido (3 de novembro de 2015);
– Festival de Cannes: Grande Prémio do Júri e Prémio da Crítica Internacional (24 de maio de 2015);

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