Refugiados: Bruxelas prepara-se para crise humanitária na Grécia

Refugiados: Bruxelas prepara-se para crise humanitária na Grécia
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A Chanceler alemã volta a criticar a decisão de vários países do leste da Europa, ao apelar à reinstauração do espaço de livre circulação de

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A Chanceler alemã volta a criticar a decisão de vários países do leste da Europa, ao apelar à reinstauração do espaço de livre circulação de Schengen, em plena crise migratória.

Reunida com o primeiro-ministro croata em Berlim, Angela Merkel afirmou estar preocupada com o número crescente de refugiados bloqueados na Grécia, após o encerramento de várias fronteiras nos países dos balcãs.

“Deixei claro que a Alemanha apoia aquilo que acordámos na última cimeira em Fevereiro, que queremos reinstaurar o espaço Schengen e que queremos pôr fim à política do “deixa passar”. Os refugiados têm o direito a escolher em que país da Europa querem pedir asilo”.

O apelo surge a seis dias de uma nova cimeira europeia sobre a imigração, quando a situação de 24 mil refugiados na Grécia preocupa as organizações internacionais.

Um responsável da agência da ONU para os refugiados, alertou para uma crise humanitária iminente:

“Ou pomos em prática um plano organizado de repartição dos migrantes, ou vamos assistir à repetição do que vimos no ano passado, com a fragmentação das rotas nos Balcãs ocidentais, possivelmente entre a Grécia e a Bulgária e a Itália, ou através da Albânia. Gostaríamos de ver um plano organizado e é por isso que não devíamos suspender o plano de repartição apenas porque ainda não temos resultados práticos. Os países têm que acordar, pois não há outra alternativa”, sublinhou Vincent Cochetel, coordenador da Agência dos refugiados da ONU para a crise migratória na Europa.

Na ausência de um consenso sobre a repartição dos refugiados, e à espera da nova cimeira de segunda, a Comissão Europeia deverá anunciar amanhã um plano para enviar ajuda humanitária aos refugiados bloqueados na Grécia.

Atenas pediu hoje a Bruxelas uma ajuda de emergência de 480 milhões de euros para lidar com os mais de 100 mil refugiados no seu território.

A Grécia tinha ameaçado boicotar a cimeira com a Turquia na segunda-feira, caso mais países europeus encerrassem as fronteiras aos refugiados.

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