Forças de defesa isrealitas matam palestiniana após atropelamento de soldado

Forças de defesa isrealitas matam palestiniana após atropelamento de soldado
Direitos de autor 
De  Francisco Marques com haaretz, idf, ma'an
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Desde outubro, já terão morrido mais de 180 palestinianos e cerca de 30 israelitas em resultado do escalar da violência na região.

PUBLICIDADE

Uma mulher palestiniana foi morta a tiro esta sexta-feira de manhã pelas Forças de Defesa de Israel depois de, alegadamente, ter atropelado um soldado israelita num cruzamento à entrada do colonato de Gush Etzion, na Cisjordânia, a sul de Belém.

O elemento das forças de segurança israelitas atingido pelo carro ficou ferido e foi transportado para um hospital de Jerusalém.

Assailant rammed vehicle into a soldier guarding the Gush Etzion Junc. Soldier wounded. Forces responded to the threat & shot attacker.

— IDF (@IDFSpokesperson) 4 de março de 2016

()

A alegada atacante morta no local viria a ser identificada pelo Ministério da Saúde palestiniano como Amani Husni Sabatin, de 34 anos, casada, com quatro filhos e residente em Husan, a ocidente de Belém.

As forças de segurança israelitas alegam que a mulher conduzia uma viatura de matrícula israelita — cuja propriedade apenas é permitida a cidadãos israelitas — e que, no decurso do exame efetuado a posteriori ao carro, foi encontrada uma faca junto ao lugar da condutora.

Testemunhas no local citadas por alguns meios de comunicação, nomeadamente a agência de notícias do Kuwai, a KUNA, referiram que as forças de segurança impuseram um forte perímetro de segurança em torno do carro utilizado para atropelar o soldado e que o marido da condutora teria sido convocado pelas autoridades israelitas para interrogatório.

A agência de notícias Ma’an, especializada nos territórios palestinianos, ouviu o líder do Conselho de Husan, Hasan Hamamreth, a denúnciar o cerco imposto pelas forças de segurança israelitas à vila de onde era oriunda Amani Husni Sabatin, fechando os acessos de leste e de ocidente a Husan logo após o incidente em Gush Etzion.

Hasan Hamamreth rejeita a teoria de que a mulher teria, de facto, conduzido um ataque contra o soldado e acusou a morte de Amani Husni Sabatin como uma “óbvia execução”. O responsável de Husan acrescentou que o mais velho dos 4 filhos da vítima mortal é uma rapariga de 14 anos e que o marido trabalha em Israel.

O marido, o pai e irmão de Amani Husni Sabatin foram convocados pelas autoridades israelitas ao centro de detenção de Etzion para identificarem o cadáver.

Palestinian woman shot dead after alleged car attack at Gush Etzion https://t.co/4sZp6lTL7S#palestine

— Ma'an News Agency (@MaanNewsAgency) 4 de março de 2016

()

A Ma’an sublinha que o cruzamento Gush Etzion, principal ponto de entrada no colonato homónimo, tem sido palco de numerosos confrontos mortíferos desde o escalar de violência na região, entre israelitas e palestinianos, em outubro passado. A agência de notícias estima que, desde então, já terão morrido mais de 180 palestinianos e cerca de 30 israelitas nos territórios da Palestina e em Israel.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Segundo maior hospital de Gaza não está operacional. Israel quer reféns libertados até ao Ramadão

Guerra Israel-Hamas: ataques intensificam-se no centro e sul de Gaza

Primeiro-ministro israelita exige rendição do Hamas