Arnaldo Otegi apela à criação de “uma segunda frente” independentista no País Basco, seguindo o exemplo da Catalunha. Recebido como um herói no
Arnaldo Otegi apela à criação de “uma segunda frente” independentista no País Basco, seguindo o exemplo da Catalunha.
Recebido como um herói no velódromo de Anoeta, em San Sebastián, quatro dias depois de ser libertado da prisão onde cumpriu uma pena de seis ano e meio por tentar reconstruir o ilegalizado Batasuna, o antigo líder do braço político da ETA quis deixar claro que o único caminho é a “rutura” com Espanha.
Otegi afirmou que “se há uma coisa que a prisão oferece, é muito tempo para pensar”, nomeadamente em “como combater melhor o inimigo”. E frisou que, se a pena que cumpriu anteriormente, de 18 meses, permitiu ver “nascer uma nova estratégia”, o governo de Madrid deve “preparar-se para o que saíra deste período de seis anos e meio”.
O líder da esquerda independentista basca foi um dos primeiros dirigentes a defender o abandono da luta armada, no fim dos anos 80. Em 2006, foi um dos principais intervenientes do diálogo com o governo espanhol, que acabaria por fracassar na sequência de um atentado da ETA no aeroporto de Madrid.