O acordo assinado em Izmir, na Turquia, por Alexis Tsipras e Ahmet Davotuglu parece querer deixar diferenças no passado e apostar no futuro.
O acordo assinado em Izmir, na Turquia, por Alexis Tsipras e Ahmet Davotuglu parece querer deixar diferenças no passado e apostar no futuro.
A localização foi simbólica e relevada por ambos, por ser um ponto de partida dos migrantes e refugiados na Turquia para outros pontos da Europa e pela similaritude com o porto grego de Salónica.
Davotuglu sublinhou ser a primeira vez que recebia um primeiro-ministro grego, enfatizando o contentamento que isso lhe trazia e disponibilizando o seu gabinete para que outras reuniões se seguissem.
A cooperação entre os dois países e a partilha de perspectivas foram as expressões-chave da conferência de imprensa que se seguiu à reunião mantida no discurso de ambos.
Tsipras não deixou de mencionar as violações, por parte da Turquia, dos espaços aéreo e marítimo gregos, mas afirmou o apoio da Grécia à Turquia enquanto país candidato a membro pleno da União Europeia.
Quanto ao assunto mais premente, o da crise de migrantes e refugiados, afirmou também que cabe aos dois países estreitar meios de resolução do drama que assola os dois países, sem imposições que os deixem como os únicos a ter de lidar com um problema que é europeu e não apenas turco ou grego.
A questão cipriota foi também referida como um assunto com entendimento comum para breve (relembre-se a divisão da ilha após reconhecimento exclusivo da República Turca do Chipre do Norte por parte da Turquia, contra as Nações Unidas e a União Europeia. As conversações de reunificação entre a Grécia e a Turquia recomeçaram oficialmente em 2014).
Os primeiros-ministros grego e turco declararam ainda uma vontade de colaboração estreita futura em termos turísticos e comerciais, com Davotuglu a mencionar futuros voos directos entre Ancara e Atenas, outros meios de transporte e até geminação de cidades como vontades comuns.