Agitação social em França

Uma greve nacional no setor ferroviário em França está a provocar importantes contratempos aos utentes dos caminhos-de-ferro e coincidiu com outros protestos contra a reforma do trabalho.
Os quatro maiores sindicatos ferroviários convocaram uma greve de 36 horas para exigir aumentos salariais.
“O comboio que pretendíamos apanhar não chegou, mas assim que apanhamos um, o tempo de viagem foi o mesmo”, diz uma utente em Paris.
A empresa de caminhos-de-ferro alertou os utentes para importantes perturbações e garante estar a fazer tudo para minimizar os constrangimentos.
“É um dia difícil para os nossos passageiros, estamos a trabalhar para garantir que tudo se vai passar da forma o mais suave possível, de acordo com as previsões que lhes fornecemos”, explica Julien Dehornoy, diretor regional da SNCF.
Para além da contestação nos caminhos-de-ferro, vários outros sindicatos e organizações de estudantes apelaram ao protesto em várias cidades francesas.
Em Paris, jovens manifestaram-se nas ruas e bloquearam o acesso a escolas.
Um dos desencadeadores da agitação social é o projeto do presidente Hollande para acabar com o limite das 35 horas semanais de trabalho, com o pagamento de horas extraordinárias.