O julgamento dos dois jornalistas turcos acusados de espionagem, tentativa de golpe de Estado e divulgação de segredos de Estado foi adiado para 01
O julgamento dos dois jornalistas turcos acusados de espionagem, tentativa de golpe de Estado e divulgação de segredos de Estado foi adiado para 01 de abril.
Os arguidos apresentaram-se, esta sexta-feira, em tribunal, mas a decisão de realizar o julgamento à porta fechada gerou uma onda de protestos.
“Eles fizeram tudo para encobrir o caso. Esta sexta-feira, dissemos em tribunal que viemos para julgar e não para ser julgados. Eles não querem que isto seja visto e, por isso, decidiram realizar o julgamento à porta fechada” refere Can Dundar.
“Podemos ser condenados a prisão perpétua por fazermos o nosso trabalho. Mas vamos voltar aqui a 01 de abril para defender a decisão do Tribunal Constitucional, a mais alta instância do país, em defesa da liberdade” acrescenta Erdem Gul.
Na origem das acusações está uma reportagem que já valeu aos jornalistas 92 dias de prisão. Acabaram por ser libertados, em fevereiro, depois de o Tribunal Constitucional ter concluído que os direitos dos mesmos foram violados.
A polémica reportagem publicada em maio de 2015 desmente o chefe de Estado, Recep Tayyip Erdogan, e comprova que a Turquia colaborou com grupos radicais que combatem na Síria.