Mais de 250 escolas, na Hungria, estiveram encerradas na manhã desta quarta-feira. Pais, avós, alunos e professores protestaram contra o sistema
Mais de 250 escolas, na Hungria, estiveram encerradas na manhã desta quarta-feira. Pais, avós, alunos e professores protestaram contra o sistema educativo do país e exigem melhorias.
Para os manifestantes o protesto não se trata de uma greve mas uma “desobediência civil”
Os manifestantes protestam contra a centralização do sistema educativo.
“Pensamos que alguém deve representar os estudantes, pelo menos alguns de nós. Ouvimos dizer que há, também, alunos de outras escolas a participar”, diz um aluno.
“Estou aqui pelos meus netos. Tenho 6 e a sétima está prestes a nascer. Gostaria que eles tivessem um bom sistema educativo, que os ajude a preparar-se para a vida real”, afirma uma avó.
O governo do primeiro-ministro, Viktor Orban, diz estar aberto a negociações e convida os manifestantes a participarem na Mesa Redonda para a Educação Pública. Uma plataforma constituída pelo executivo para negociar com as organizações de professores e sindicatos.
O secretário de Estado para a educação pública, Laszlo Plkovics, afirma que o governo “não quer negociar separadamente com ninguém. A mesa redonda para a educação pública é uma boa plataforma para negociar com todas as partes interessadas. Por isso os manifestantes são bem-vindos a esta mesa redonda. Podem participar e ouvir as ideias dos profissionais.”
Professores e alunos querem a oportunidade para escolher não apenas os manuais mas, também, os currículos das disciplinas.
Os manifestantes dizem que vão esperar duas semanas para que o governo dê um passo em frente, caso contrário, eles vão organizar mais ações de protesto.