A Chanceler alemã defendeu esta manhã a liberdade de expressão ao ser interrogada sobre o caso do humorista que insultou o presidente turco. Tayyp
A Chanceler alemã defendeu esta manhã a liberdade de expressão ao ser interrogada sobre o caso do humorista que insultou o presidente turco.
Tayyp Erdogan abriu ontem um processo, na Alemanha, contra o apresentador do programa Neomagazin.
Berlim rejeita para já pronunciar-se sobre a possibilidade de abrir um processo contra o apresentador por insultos contra um chefe de Estado estrangeiro.
Segundo o porta-voz do governo, Steffen Seibert, “a liberdade de opinião, artística e científica é algo importante e não negociável para a Chanceler, quer dentro como fora do país”.
Jan Böhmermann tinha lido um poema satírico, no final de Março, na televisão pública, onde criticava a repressão do governo turco, acusando o presidente de práticas de “pedofilia” e “zoofilia”.
Para Ulrich Schellenberg, presidente da Associação de Advogados alemã, “ninguém gostaria de ouvir este tipo de coisas, sobre si próprio ou sobre um ente próximo. Acredito que os limites da liberdade de expressão foram ultrapassados. No entanto,resta por saber se estas declarações podem ser vistas como uma obra artística, para a qual existe uma maior tolerância”.
Um insulto proferido em nome da liberdade de expressão, segundo o cómico, que incorre agora numa pena de até 3 anos de prisão, se Berlim validar as acusações, e até 1 ano, se os tribunais retiverem apenas a queixa de Erdogan.
O humorista cancelou a próxima emissão do programa, agendada para quinta-feira, por entre os protestos de Ancara.