Emprego: Desigualdade de género diminui em Portugal mas agrava-se com a idade

Emprego: Desigualdade de género diminui em Portugal mas agrava-se com a idade
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A desigualdade de género no emprego tem vindo a diminuir significativamente nos últimos 13 anos na União Europeia. Segundo os dados de 2015

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A desigualdade de género no emprego tem vindo a diminuir significativamente nos últimos 13 anos na União Europeia. Segundo os dados de 2015, revelados pelo Eurostat , a diferença média entre o número de homens e mulheres com um trabalho na UE é de 11,6%, comparada com 17,3% em 2002.

Portugal encontra-se entre os bons alunos, com uma diferença de 6,7%, inferior à registada no ano passado e bastante abaixo da média europeia. Um número distante da campeã da igualdade de género, a Finlândia (2,1% de diferença), mas muito mais distante da Itália, onde apenas 50,6% das mulheres se encontram empregadas, contra 70,6% dos homens, uma diferença de 20%. Malta, em 2015, obtém o triste recorde do Estado membro com maiores disparidades nesta área.

Disparidade aumenta com a idade

Os números do Eurostat revelam, no entanto, que, apesar dos progressos, a desigualdade laboral continua a aumentar com a idade.

Em Portugal, se 65% das mulheres entre 20 e 64 anos têm um trabalho, o número reduz-se a 44,6% para as trabalhadoras entre 55 e 64 anos, assim como aumenta a diferença face ao sexo masculino (de 7% para mais de 11% para as mulheres a partir dos 55 anos).

Uma diferença que se agrava, mesmo depois da reforma. Se, segundo os números de 2010, a diferença salarial entre homens e mulheres portuguesas era de 12,8% (abaixo da média da UE de 16,4%), na reforma, um homem recebe em média mais 313 euros de pensão do que uma mulher (números de 2011).

Apesar de uma ligeira melhoria da situação das mulheres em idade ativa, o sexo feminino continua a ser ainda o mais discriminado, ao nível do desemprego e da reforma.

Segundo o Eurostat , a percentagem de mulheres portuguesas à procura de um trabalho é de 13,5%, superior à média de 9,8% na UE.

Um quadro atenuado apenas pelo aumento do número de mulheres em posições de chefia – mais 10% desde 2002 – mesmo que, atualmente, apenas 6% ocupem cargos de direção.

O relógio da desigualdade salarial nos EUA

Nos Estados Unidos, as trabalhadoras ganham, em média, apenas 79% do que os seus colegas masculinos auferem numa jornada de trabalho. A televisão MTV tomou a iniciativa de criar um relógio para recordar, a cada minuto essa disparidade.

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