A crise económica na Venezuela coloca o país e o governo de Nicolas Maduro à beira de um “apagão”. O presidente anunciou ontem uma redução radical
A crise económica na Venezuela coloca o país e o governo de Nicolas Maduro à beira de um “apagão”.
O presidente anunciou ontem uma redução radical dos horários dos serviços públicos face à penúria energética.
Os funcionários vão trabalhar apenas dois dias por semana, segunda e terça-feira, face à seca que afeta a produção de energia nas 19 barragens do país.
O governo tinha já decidido cortar a eletricidade quatro horas por dia durante os próximos 40 dias para tentar evitar o “apagão”.
Medidas que, somadas à inflação galopante e à penúria de alimentos dão mais energia à oposição que iniciou ontem a primeira fase de um processo para derrubar o presidente por referendo.
Segundo o líder da coligação da oposição:
“Nós queremos mudar o governo. O povo Venezuelano quer que o governo mude mas nós queremos fazê-lo de forma pacífica. É por isso que obtivemos hoje estes formulários para recolher 195 mil assinaturas, que nos vão permitir numa segunda fase recolher 4 milhões de assinaturas, 20% do eleitorado. E temos a certeza que o vamos fazer num tempo recorde”.
A Comissão Eleitoral autorizou ontem a oposição a iniciar o processo para convocar um referendo ao derrube de Maduro.
A oposição tem 30 dias para recolher as quase 200 mil assinaturas, mas assegura que o poderá fazer nas próximas horas.
Uma iniciativa abalada, no entanto, pela decisão do governo de reduzir os dias úteis de trabalho semanais.