Bombardeamentos em Alepo já mataram mais de 200 civis

Bombardeamentos em Alepo já mataram mais de 200 civis
De  Ricardo Figueira  com Reuters

O balanço do ataque ao hospital foi aumentado para 50 vítimas mortais.

Enquanto o governo da Síria anuncia uma trégua parcial, em Alepo vive-se um verdadeiro inferno.

Na cabeça de muitas pessoas, as superpotências são cúmplices deste sacrifício de centenas de milhares de vidas e da situação de milhões de delocados.

A ofensiva das tropas governamentais contra a segunda cidade do país, em particular as zonas ocupadas pelos rebeldes, subiu de tom nos últimos dias. Os ataques aéreos, incluindo a um hospital, mataram mais de 200 civis, só na última semana.

Os Médicos Sem Fronteiras aumentaram para 50 o número de vítimas mortais do bombardeamento do hospital. Esta sexta-feira, os bombardeamentos não deram descanso. Há pelo menos 16 vítimas a lamentar.

Entretanto, através de um comunicado lido na televisão estatal síria, o exército anunciou uma trégua em Damasco e toda a zona à volta da capital, tal como na província costeira de Latakia.

Do cenário desastroso da Síria passamos à pacatez de Genebra, onde o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos da está muito preocupado: “O falhanço persistente do Conselho de Segurança em apontar a Síria ao Tribunal Penal Internacional é um exemplo da forma mais vergonhosa de realpolitik. Na cabeça de muitas pessoas, as superpotências são cúmplices deste sacrifício de centenas de milhares de vidas e da situação de milhões de deslocados”, diz o porta-voz Rupert Colville.

Os aviões russos não deitam só bombas – Nalgumas zonas, nomeadamente as que estão cercadas pelo Daesh, estão também a largar ajuda humanitária. Perto da cidade de Deir Exxor, os russos largaram, quinta-feira, 26 caixotes de bens essenciais.

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