Um aumento de 30% do salário mínimo, foi assim que o presidente venezuelano Nicolas Maduro assinalou o dia do trabalhador num país que atravessa uma
Um aumento de 30% do salário mínimo, foi assim que o presidente venezuelano Nicolas Maduro assinalou o dia do trabalhador num país que atravessa uma crise económica sem precedentes.
Trata-se do décimo segundo aumento desde que Nicolas Maduro subiu ao poder em 2013 após a morte do seu predecessor, Hugo Chavez.
Nas ruas da capital, Caracas, não se registaram grandes manifestações de alegria.
Desde a subida de Maduro ao poder que a moeda nacional, o bolívar, caiu 98% face ao dólar.
A taxa de inflação atinge os três dígitos.
A situação requer medidas extraordinárias como por exemplo, a poupança de energia, um desafio para muitos venezuelanos pouco habituados a pouparem.
“Não somos um povo habituado a poupar energia. Não somos a Colômbia ou o Peru onde não existe muita energia e as pessoas sabem poupar. Aqui é difícil, acho que não vai funcionar”, afirma Alberto Perez, um residente da capital, Caracas.
Para reforçar a mensagem, este domingo os venezuelanos terão que adiantar os relógios 30 minutos, mais uma medida para poupar energia, um bem precioso num país que atravessa uma seca que está a afetar a principal barragem produtora de energia, a barragem de Guri, de onde provêm dois terços da eletricidade consumida.
Após meses de interrupções no abastecimento, o governo implantou um programa oficial de racionamento energético.
Os funcionários públicos viram a sua semana de trabalho reduzida para apenas dois dias, uma medida concebida para reduzir o consumo de energia.