O primeiro-ministro britânico defendeu a permanência do país na União Europeia (UE) frente a uma comissão do parlamento. A menos de um mês e meio do
O primeiro-ministro britânico defendeu a permanência do país na União Europeia (UE) frente a uma comissão do parlamento.
A menos de um mês e meio do referendo, David Cameron garantiu que Londres vai manter o seu “estatuto especial” numa UE “reformada” após o acordo selado entre Londres e Bruxelas em Fevereiro.
O chefe de governo conservador recordou os riscos para a economia e a segurança, caso o país abandone o bloco comunitário.
“Eu não vim aqui dizer que a UE é perfeita, é uma organização que necessita de reformas. Acredito que as mudanças propostas por mim criaram reformas úteis que representam o melhor para o país, quer seja para que sejamos mais fortes em termos económicos, para que tenhamos peso no mundo ou para mantermo-nos seguros face aos terroristas. Não tenho qualquer hesitação, como primeiro-ministro, ao dizer que vamos estar muito melhor se votarmos a favor da permanência na UE”.
O chefe de governo rejeitou também uma adesão da Turquia aos 28, “nas próximas décadas”, um argumento esgrimido pelo campo favorável ao chamado “Brexit”.
A “prova oral” do líder conservador coincide com o alerta lançado pela Comissão de Assuntos Europeus da Câmara dos Comuns. Um relatório publicado ontem evoca o risco de que o processo de uma saída da UE possa arrastar-se para lá dos dois anos previstos pela lei.
Em caso de “Brexit”, só a negociação de um acordo comercial com os 28 – destino de 44% das exportações britânicas – poderia durar até nove anos, segundo o relatório da comissão parlamentar.
O campo favorável à permanência do Reino Unido na UE continua a ter uma vantagem de 3% nas sondagens, quando 43% dos britânicos poderia votar a favor do “Brexit” no referendo de 23 de Junho.