Moscovo e Damasco em operação de propaganda em Palmira

Rezando por Palmira. A música voltou a dar vida às paredes antigas do site arqueológico com o concerto que Valery Gergiev levou esta quinta-feira à cidade histórica de Palmira devastada pela guerra e recuperada há semanas pelas forças do Governo sírio ao autoproclamado Estado Islâmico (EI).
O concerto da Orquestra de Mariinsky celebra o regresso da vida ao monumento património da UNESCO foi transformada num importante golpe de propaganda tanto por Damasco como por Moscovo.
Os sapadores russos anunciaram no mês passado que tinham desminado os locais históricos da cidade conhecida como a Pérola do Deserto, onde os combatentes jihadistas destruíram templos e relíquias antigos.
Gergiev, director da Orquestra de Mariinsky, é um dos mais conceituados maestros em todo o mundo, mas não só tem sido criticado várias vezes no ocidente pelas suas ideias pró-Kremlin, como alguns concertos seus foram interrompidos por protestos.
O concerto de Palmira não é o primeiro que dirigiu em locais onde as forças armadas russas realizaram operações. Em 2008, este natural da Ossétia, dirigiu um concerto em Tskhinvali, a principal cidade na região separatista da Geórgia, que tinha sido fortemente devastada na curta guerra entre a Rússia e a Geórgia nesse ano