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Venezuela: Colapso económico à vista

Venezuela: Colapso económico à vista
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De Maria Barradas
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A Venezuela está à beira do colapso económico.

A Venezuela está à beira do colapso económico. Uma população furiosa devido à escassez de alimentos de primeira necessidade, água e eletricidade. O quotidiano de milhões de pessoas é passado nas filas para comprar os alimentos aos preços subsidiados, mas muitas vezes não há nada para comprar.

“Ainda não encontrámos um sítio onde comprar arroz, massa, manteiga; nada com que possamos alimentar os nossos filhos, nada para comer. Estou farta desta situação. Como é possível chegar a esta situação sem nos darem nenhuma informação sobre o facto de não haver comida para levarmos para casa”, queixa-se Maria Hernendez, residente em Caracas.

Outra residente na capital, Plácida Delgado, diz não ter memória de uma coisa assim:
“Estas filas são enormes. Nunca vi nada assim, nunca vida nada como agora”.

Com as maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela era um país rico, mas com a queda do preço do petróleo, que fornece 96% das divisas, mergulhou numa profunda crise económica.

O PIB caiu 3,9% em 2014 e 5,7% em 2015; as empresas – 13 000 em 1999 – são agora apenas 4 000. A inflação foi de 141,5% em 2014; quase 181% em 2015 e o FMI estima que atingirá este ano os 700%.

Neste contexto, as pilhagens aos supermercados multiplicam-se. O Observatório Venezuelano para os Conflitos Sociais registou 107 pilhagens no primeiro trimestre e uma média de 17 protestos espontâneos todos os dias.

70% dos venezuelanos reprovam a gestão de Nicolas Maduro; ele, por seu turno denuncia uma conspiração internacional e patronal para asfixiar o país.Na sexta-feira, 13 de maio, declarou o estado de emergência económica do país:

“Declaro hoje, sexta-feira, 13 de maio, o estado de exceção e de emergência económica constitucional para proteger a nossa pátria. Aqui está o decreto assinado, aprovado, e que se cumpra para proteção da nossa pátria”

O braço de ferro de Maduro com a oposição endureceu desde que foram recolhidas um milhão e oitocentas mil assinaturas, numa petição para a realização de um referendo para o derrubar.

Mas, mesmo maioritária no parlamento, a oposição tem dificuldade em convencer os frustrados com o Chavismo.

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