Líbia: Forças leais ao Governo de unidade nacional fazem

Líbia: Forças leais ao Governo de unidade nacional fazem
De  Antonio Oliveira E Silva com REUTERS, HUMAN RIGHTS WATCH
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Forças leais ao Governo de união nacional líbio, apoiado pelas Nações Unidas, dizem ter feito recuar os jihadistas do Estado Islâmico até ao seu feudo na cidade de costeira de Sirte.

PUBLICIDADE

Forças leais ao Governo de união nacional líbio, apoiado pelas Nações Unidas, dizem ter feito recuar os jihadistas do Estado Islâmico (EI) ou Daesh, pela sigla em língua árabe, até ao feudo que mantém na cidade de Sirte. Uma vitória que não conseguiram sem um custo elevado: mais de 30 dos homens enolvidos nos combates terão morrido, incluidos sete mortos num atentado com um carro armadilhado em Buayrat al-Hasun, acerca de 90 quilómetros a oeste de Sirte. Os combatentes aliados do Governo disseram aos jornalistas que 50 homens ficaram feridos, alguns com gravidade.

Mohamed al-Gasri, porta-voz do exército líbio, disse que as forças em combate “tinham libertado” a pequena cidade de Abu Grain, a 140 quilómetros a oeste de Sirte, assim como duas localidades na região.

Os militantes do Daesh semearam o terror em diversas povoações na região de Abu Grain com ataques suicidas em checkpoints no passado dia 5 de maio, o que levou o Governo líbio a lançar novas operações em Misrata e em Sirte.

#ISIS terrorizes population from Libyan stronghold. Executions for sorcery & “insulting God” https://t.co/GxWaOKhDcdpic.twitter.com/nDKyohhYXy

— Human Rights Watch (@hrw) 18 de maio de 2016

A Human Rights Watch publicou um estudo na passada quarta-feira onde dá conta de dezenas de pessoas executadas pelos militantes do Daesh na Líbia, na cidade de Sirte. As 49 vítimas foram acusadas dos mais diferentes crimes, puníveis com a pena capital para os jihadistas, como espionagem, feiticaria e blasfémia, entre feveiro de 2015 e 2016. O relatório da Human Rights Watch dá conta de mais de 1800 combatentes do Daesh em Sirte, 70% dos quais seriam cidadãos estrangeiros.

Os jihadistas do Estado Islâmcio na Líbia

Os jihadistas do Daesh conquistaram a cidade de Sirte em 2015, estabelecendo assim a mais importante base do EI fora de território Sírio e Iraquiano naquela cidade da costa da Líbia. No entanto, o Daesh nunca conseguiu instalar-se de forma permanente no resto do território.

O Ocidente tem apostado no novo Governo de unidade nacional na Líbia e nos movimentos armados que o apoiam para derrotar a presença dos jihadistas do Daesh no país megrebino. Os Estados Unidos e a União Europeia esperam também que o governo consiga harmonizar as vontades das diferentes fações que coexistem no complexo mosaico político que é a Líbia depois da era Khadaffi. Mas, instalado em Tripoli desde o passado mês de março, o novo Governo líbio tem ainda de dar provas da sua autoridade sobre todo o território.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Duas semanas após a catástrofe, Líbia recupera dezenas de corpos no mar

Centenas de manifestantes em Derna num protesto contra as autoridades

Má gestão e corrupção terão amplificado tragédia na Líbia