Rússia propõe ataques aéreos conjuntos com Estados Unidos na Síria

A Rússia propôs à coligação liderada pelos Estados Unidos a concretização de ataques aéreos conjuntos na Síria a partir de 25 de maio, para combater os jihadistas.
O ministro da defesa russo, Serguei Shogu, afirmou que os ataques seriam feitos em coordenação com o governo sírio. Acrescentou ainda que Moscovo se reserva o direito de executar as ofensivas unilateralmente.
Washington tem recusado juntar-se a qualquer operação coordenada com o regime sírio, como foi o caso da série de ataques aéreos levados a cabo pela Rússia começados em Setembro passado.
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— Eye on Syria (@Eye_on_Syria) 20 mai 2016
Segundo o porta-voz do Departamento de Estado americano, John Kirby, o presidente sírio Bashar al-Assad é responsável pela maior parte das violações do cessar-fogo, que incluem ataques a civis e a logística civil.
Contudo, ambas as partes combatem a Frente al-Nusra, que não se incluiu no cessar-fogo que devria vigorar desde 27 de fevereiro.
A proposta, que ainda não foi formalmente apresentada ao Departamento de Defesa americano, é encarada pelo Pentágono como uma tentativa do presidente russo, Vladimir Putin, de elevar o papel da Rússia no palco internacional.
Ao contrário de Moscovo, os Estados Unidos não apoiam o governo sírio, pelo contrário, apoiam, juntamente com os aliados ocidentais e do Golfo, rebeldes contra o regime de Assad, e deixam saber que esperam da Rússia que faça pressão sobre Damasco no cumprimento do cessar-fogo e que evite ataques aéreos unilaterais.
A guerra civil na Síria dura há mais de 5 anos e já matou, pelo menos, 250 mil pessoas.