Istambul acolhe líderes mundiais e ONGs numa cimeira inédita, patrocinada pela ONU, destinada a melhorar a resposta global às crises humanitárias provocadas pelos conflitos e pelas alterações…
Istambul acolhe líderes mundiais e ONGs numa cimeira inédita, patrocinada pela ONU, destinada a melhorar a resposta global às crises humanitárias provocadas pelos conflitos e pelas alterações climáticas.
Mas os mais céticos, como a ONG Médicos Sem Fronteiras, que decidiu não marcar presença, acreditam que os 6000 participantes – que incluem 60 chefes de Estado e de governo -, vão contentar-se com uma “declaração de intenções”.
O sub-secretário-geral para os Assuntos Humanitários da ONU, Stephen O’Brien, frisa, no entanto, que “a escala das necessidades força agora a olhar para todas as mudanças necessárias para obter soluções melhores e inovadoras. Caso contrário, condenamos gerações de pessoas a uma vida de sofrimento”.
A escolha da cidade turca para acolher a cimeira é tanto simbólica como polémica. A Turquia acolhe atualmente perto de três milhões de sírios, mas várias ONGs acusam o país de repatriar muitos refugiados para o país vizinho, apesar da guerra, o que é desmentido categoricamente por Ancara.
O correspondente da euronews em Istambul, Bora Bayraktar, diz que “nesta primeira cimeira sobre assuntos humanitários, a prioridade é encontrar uma solução para as necessidades básicas de milhões de refugiados. Mas também será debatido o acesso de milhões de crianças à educação e a sustentabilidade”.