Policia francesa intervém para desbloquear refinaria de Fos-sur-Mer

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De  Francisco Marques  com 20minutes, le monde, afp
Policia francesa intervém para desbloquear refinaria de Fos-sur-Mer

Prossegue o braço de ferro, em França, junto às refinarias, em protesto contra a anunciada reforma da lei de trabalho.

Esta terça-feira, foi acionada pela manhã uma operação policial para desbloquear a refinaria de Fos-Sur-Mer, junto a Marselha, uma das oito refinarias existentes em França.

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Maxime Picard, representante da união sindical CGT, avisa que “os trabalhadores estão dispostos a tudo para conseguirem a retirada dessa proposta de lei”. “Esta lei representa um ataque fundamental aos direitos dos trabalhadores”, acusou ainda o sindicalista.

Todas as oito refinarias em França estão a ser afetadas pelos protestos. A maior parte está mesmo bloqueada. Cerca de um quarto dos cerca de 12.000 postos de abastecimento de combustível existentes em França estão a apanhar por tabela e alguns já nem têm combustíveis para vender. Os consumidores, por fim, estão a acorrer às bombas para se salvaguardarem

O primeiro-ministro de França diz: basta! “Não há dúvida de que os franceses estão numa situação de penúria e bloqueados. A nossa economia está bloqueada. A ideia de um conflito frontal é velha, arcaica e conservadora. Torna reféns os consumidores, a nossa economia, a nossa indústria. Manter este tipo de ações com o objetivo de retirar o texto da lei não é democrático”, acusou Manuel Valls, esta terça-feira de manhã, em declarações à Europe1.

Em resposta, um dos líderes da Frente de Esquerda, retribuiu a Manuel Valls a acusação. André Chassaigne diz que o primeiro-ministro é que foi antidemocrático ao ter ameaçado há duas semanas, no Parlamento, recorrer ao artigo 46 alínea três, da Constituição, para fazer passar a anunciada alteração à Lei do trabalho sem a devida votação pelos deputados do hemiciclo.