Como o mundo vê o genocídio arménio?

Como o mundo vê o genocídio arménio?
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De  Ricardo Figueira com Mark Davis
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A Alemanha é o 29º país a reconhecer o genocídio dos arménios.

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Esta quinta-feira, a câmara baixa do parlamento alemão aprovou o reconhecimento, por parte do país, do genocídio arménio de 1915. Segundo o texto, a Alemanha reconhece que a palavra “genocídio” seja aplicada a este episódio da I guerra mundial, em que milhão e meio de arménios morreram às mãos do Império Otomano. A Alemanha é o 29º país a reconhecer o genocídio dos arménios, com uma decisão que causou já uma guerra diplomática entre a Alemanha e a Turquia.

Qual a definição de genocídio?

As Nações Unidas definem o genocídio no segundo artigo da Convenção para a Prevenção e Castigo do Crime de Genocídio.

A ONU define assim o genocídio: Qualquer dos seguintes atos cometidos com o intento de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, tais como: a) matar membros do grupo b) Causar graves danos físicos ou mentais a membros do grupo c) Impor ao grupo condições de vida destinadas à eliminação física, no todo ou em parte, d) impor medidas destinadas a evitar nascimentos dentro do grupo ou e) Transferir crianças para outro grupo, à força.

A Convenção de 1948 diz que um genocídio tanto pode acontecer em tempo de guerra como de paz.

Mapa dos países que reconhecem oficialmente o genocídio arménio

Outros governos e parlamentos regionais reconhecem este massacre como genocídio:

  • Reino Unido: País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte.
  • Espanha: País Basco, Catalunha, Aragão, Navarra e Baleares.
  • EUA: 44 dos 50 Estados.
  • Austrália: Nova Gales do Sul, Sul da Austrália.

A posição turca

A Turquia admite a morte de um grande número de arménios durante a Primeira Guerra Mundial, mas rejeita que o número seja de várias centenas de milhares ou que tenha havido uma campanha organizada para os eliminar.

A posição de Ancara está bem explicada neste artigo do correspondente da euronews na Turquia, Bora Bayraktar.

Este episódio histórico está na base de muitos dos recentes conflitos diplomáticos da Turquia.

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