Cimeira de Paris apoia solução árabe para a paz no Médio Oriente

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A comunidade internacional vai voltar a reunir-se em Paris até ao final do ano para discutir o processo de paz no Médio Oriente.

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A comunidade internacional vai voltar a reunir-se em Paris até ao final do ano para discutir o processo de paz no Médio Oriente.

O compromisso, sem data marcada, é uma das poucas conclusões da cimeira que reuniu, esta sexta-feira, os responsáveis da diplomacia de mais de duas dezenas de países àrabes e ocidentais, na capital francesa, para tentar relançar as discussões israelo-palestinianas.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault:

“Prometi começar a trabalhar antes do final do mês. Todas as ideias e ajudas são bem-vindas e o nosso objetivo é o de reunir os esforços de cada um num pacote global de incentivos e garantias que vai ser apresentado aos israelitas e aos palestinianos durante uma conferência internacional que deverá decorrer antes do final do ano”.

A ausência de responsáveis israelitas e palestinianos na reunião, reforça, no entanto, o impasse nas discussões, desde o fracasso da última iniciativa de paz em 2014.

Para a responsável da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini:

“Nós ainda falamos de um processo de paz no Médio Oriente mas a realidade é que, neste momento, não há nenhum processo de paz e o papel e o dever da comunidade internacional e da União Europeia passa, antes de mais, por voltar a criar condições para a retoma do processo de paz”.

Longe dos temores de Israel, que boicotou o encontro por temer pressões internacionais, os responsáveis diplomáticos reafirmaram a necessidade de relançar as discussões diretas entre os dois campos, com o apoio dos atores regionais, como previsto na iniciativa de paz da Liga Árabe.

A proposta, apresentada em 2002 como uma via para atingir a chamada “solução a dois Estados”, tinha recentemente obtido o apoio de Israel, depois de ser relançada no mês passado pelo presidente egípcio al-Sisi.

O primeiro-ministro Benjamin Nethanyahu não tinha hesitado ontem em considerar a reunião, como uma tentativa dos palestinianos escaparem às negociações diretas com Israel.

No comunicado final da cimeira de Paris, os líderes reconhecem que, tanto a expansão das colónias judaicas, como a violência no território, “colocam em perigo o processo de paz”.

A proposta de comunicado apresentada anteriorimente pela França atribuía o fracasso das negociações apenas à expansão das colónias.

O jornal israelita Haaretz dava conta ontem dos esforços do primeiro-ministro Benjamin Nethanyahu para que a reunião de hoje terminasse sem qualquer compromisso ou meta definida, assim como sem qualquer posição oficial do Conselho de Segurança da ONU.

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