Mais de 5000 pessoas manifestaram-se em Donetsk, bastião dos rebeldes pró-russos, contra o envio, para Donbass, de uma missão armada da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa…
Mais de 5000 pessoas manifestaram-se em Donetsk, bastião dos rebeldes pró-russos, contra o envio, para Donbass, de uma missão armada da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Um pedido que Kiev faz há vários meses mas que tem de ser aprovado pelos 57 Estados que fazem parte da organização, entre eles a Rússia.
Os habitantes mostram-se preocupados:
“Por debaixo do disfarce de uma missão armada eles podem enviar, para aqui, uma unidade terrorista, como o “Setor Direita”, isto depois de os vestirem com os uniformes apropriados”, referiu um habitante da região.
#Donetsk: Placards read, “armed mission = military intervention” “no to OSCE armed mission”. pic.twitter.com/yplBLoKOFZ
— English Lugansk (@loogunda) 10 de junho de 2016
No mês passado o secretário-geral da OSCE afirmou que a organização está aberta a enviar pessoal armado, se a questão for consensual. Em Donetsk outras questões se levantam:
“Compreendemos todos, claramente, que para as forças armadas da Ucrânia monitores armados seriam um alvo fácil. E, como é tradição, iriam acusar-nos”, afirmou Denis Pushilin enviado da autoproclamada República de Donetsk no grupo para a Ucrânia.
Por agora, no terreno, existe uma missão de observadores da OSCE não armada que vigia o frágil cessar-fogo.
O conflito entre as forças ucranianas e os rebeldes pró-russos já fez quase 9400 mortos em pouco mais de dois anos.