Reino Unido homenageia Jo Cox

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De  Nara Madeira  com APTN
Reino Unido homenageia Jo Cox

No Reino Unido, multiplicam-se as homenagens a Jo Cox, a deputada do partido Trabalhista, assassinada na quinta-feira, em plena luz do dia, na região de onde era natural, Yorkshire.

Um homem de 52 anos foi detido, na altura, pela polícia local mas, até ao momento, não foi formalizada qualquer acusação.

Em Londres é impossível esconder a indignação pela morte de Cox, de 41 anos, casada e mães de duas crianças:

“As pessoas que estão a incitar à intolerância, ao racismo, ao ódio e aos fanatismos deveriam ter vergonha porque nós não somos assim. E era por isso que a Jo se batia e é por isso que estou aqui hoje”, desabafou Joanna Chidgey, uma britânica que foi prestar homenagem a Jo Cox.

Em Birstall, no condado de Yorkshire, o local da tragédia, é impossível esconder o choque. Um drama que levanta questões sobre a segurança dos deputados britânicos que têm um papel a desempenhar para e nas suas comunidades:

“Não estamos lá para servir os nossos interesses mas sim os das pessoas que nos enviaram para o parlamento e a Jo sentia-o de forma muito intensa. Um deputado não pode fazer o seu trabalho se se fechar no seu gabinete em Westminster”, explicou Rachel Reeves, deputada por partido Trabalhista.

O atacante, que teria, alegadamente problemas mentais, terá gritado “a Grã-Bretanha em primeiro lugar” e seguiria publicações de extrema direita. Mas as suas motivações permanecem por esclarecer.

A campanha, para o referendo foi suspensa até sábado enquanto se “chora” a morte da deputada que defendia, nas redes sociais também, que a “imigração é uma preocupação legítima, mas não uma boa razão para se sair da União Europeia.”

O “The Times” revela que há três meses que Jo Cox recebia ameaças de mortes.