Com menos de 25 das 382 circunscrições por apurar, os meios de comunicação britânicos anunciam já a vitória do campo pela “saída” do Reino Unido na União Europeia no referendo desta quinta-feira, com
Com menos de 25 das 382 circunscrições por apurar, os meios de comunicação britânicos anunciam já a vitória do campo pela “saída” do Reino Unido na União Europeia no referendo desta quinta-feira, com cerca de 52 por cento dos votos.
As mesas de voto no Reino Unido encerraram ontem às 22 horas – hora local. Um número recorde de 46,5 milhões de eleitores estava inscrito para participar neste referendo. As estimativas oficiais apontam para uma taxa de participação acima dos 72 por cento.
Aos eleitores foi colocada a questão “Deve o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia ou abandonar a União Europeia?”, assinalando uma de duas opções — “Permanecer na União Europeia” ou “Sair da União Europeia”.
As sondagens, que até ao final de maio davam vantagem ao “Permanecer” (“Remain”) para nas duas primeiras semanas de junho apontarem para uma vitória do “Sair” (“Leave”), davam na véspera do referendo um empate técnico, com ligeira vantagem para o “Permanecer”: 45% pela permanência, 44% pela saída e 11% de indecisos.
A primeira projeção, não oficial, avançada pela empresa YouGov dava a vitória ao “Permanecer”, com 52 por cento dos votos, mais quatro pontos do que o campo eurocético. Outro estudo, realizado pela Ipsos MORI e publicado também já depois do fecho das urnas, dava uma margem ainda maior a favor da continuação na União Europeia, com 54 %, contra 46 % a favor da saída.
Mas, a medida que os boletins eram escrutinados, tudo indicava que as projeções se enganavam, com o Reino Unido próximo de um passo temido, não só pelo governo de Londres, como pelos parceiros europeus e pelos mercados globais.
A campanha foi protagonizada, do lado do “Remain”, pelo primeiro-ministro, David Cameron, e, do lado do “Leave”, pelo ex-presidente da câmara de Londres e potencial sucessor de Cameron no partido conservador, Boris Johnson, e pelo líder do eurocético Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), Nigel Farage.