General italiano acusa Nato de ignorar ameaças de terrorismo e migração

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A Nato está a seguir uma estratégia errada e a ignorar dois dos três principais problemas da segurança global.

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A Nato está a seguir uma estratégia errada e a ignorar dois dos três principais problemas da segurança global. A convicção parte do antigo chefe do Estado Maior da Força Aérea italiana, Leonardo Tricarico que, em conversa com a Euronews, falou de uma obsessão da Aliança Atlântica com a Rússia.

“Tendo em conta que as principais ameaças dos dias de hoje são o terrorismo, a migração e o ciberespaço, a Nato está apenas de focar-se a sério no último ponto”, disse Tricarico.

O general, que foi também vice-comandante da força multinacional no Kosovo da Nato, afirma que a organização está ancorada numa “velha e ultrapassada perspetiva da Guerra Fria e ignora, de certa forma, as grandes ameaças que surgem do flanco sul – a migração e o terrorismo”.

Tricarico acusa a Aliança Atlântica de estar “cada vez mais alienada à perspetiva norte-americana”, e que “o atual secretário-geral, Jens Stoltenberg, é um porta-voz de Washington”.

A posição do antigo conselheiro militar do primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, surge poucos dias depois da Nato ter declarado que o ciberespaço era uma zona guerra, o que permite aos países membros recorrerem ao artigo 5º da Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Nesse contexto, Tricarico afirma que a declaração do secretário-geral da Nato serve para poder fazer oposição a Vladimir Putin, já que tem havido uma considerável ação russa no ciberespaço.

O italiano desvaloriza a invasão russa da Crimeia, alegando que “nem a Ucrânia nem a Rússia fazem parte da Nato”, daí não haver motivo para dar o espaço que se dá à frente oriental.

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