Ataque no Bangladesh: Grávida de 5 meses e um pai de gémeos entre os 20 mortos

Ataque no Bangladesh: Grávida de 5 meses e um pai de gémeos entre os 20 mortos
De  Francisco Marques  com REUTERS, ANSA

Simona Monti, tinha 33 anos, estava grávida de cinco meses e tinha viagem marcada para a Itália na próxima semana.

Simona Monti, tinha 33 anos, estava grávida de cinco meses e tinha viagem marcada para a Itália na próxima semana. Cristian Rossi deixa viúva e dois gémeos de 3 anos órfãos. Ambos estavam no Bangladesh em trabalho e fazem parte do grupo de nove italianos mortos por um grupo armado que na sexta-feira à noite invadiu um restaurante de Daca, a capital do Bangladesh, e fez mais de 20 mortos.

O estabelecimento situa-se numa zona de instituições diplomáticas e na altura do ataque (20 horas locais) estariam no interior mais de 30 estrangeiros. Os terroristas, que terão atuado em nome do grupo autoproclamado Estado Islâmico ou “Daesh”, mantiveram o restaurante sob controlo por mais de 10 horas. Até que uma operação das forças especiais do exército do Bangladesh invadiu o local e pôs cobro ao ataque.

 

Os outros 7 italianos mortos no restaurante

  • Marco Tondat tinha 39 anos, estava há um ano no Bangladesh, era supervisor de uma empresa têxtil;
  • Claudia Maria D’Antona, de idade desconhecida, vivia há 20 anos em Daca;
  • Nadia Benedetti tinha 52 anos, era gerente e tinha a paixão do canto;
  • Maria Rivoli tinha 33 anos e uma filha com 3 anos;
  • Adele Puglisi, de 54 anos, tinha viagem para Itália prevista para o dia seguinte;
  • Vincenzo D’Allestro tinha 46 anos, era casado e trabalhava na indústria têxtil;
  • Claudio Cappelli produzia camisas há 5 anos no Bangladesh.

Pelo menos 28 pessoas morreram, entre elas 20 reféns, dois polícias e seis dos sete supostos atacantes. Para além dos italianos, entre os mortos figuram também sete japoneses, dois bangladeshianos, um norte-americano e um indiano. Treze pessoas foram resgatadas com vida e relataram o horror vivido. Os terroristas terão torturado alguns dos reféns que não conseguiram recitar partes do Corão.

Estes são os nove italianos que figuram entre as mais de vinte vítimas mortais do ataque de sexta-feira à noite a um restaurante na capital do Bangladesh, por um grupo de homens armados que terá agido em nome dos jihadistas do Daesh.

O caso levou o Presidente de Itália a interromper uma visita oficial à América Latina. Antes de embarcar no México, de regresso a Roma, Sergio Mattarella afirmou que “toda a Itália está a sofrer com as famílias das vítimas, com uma grande solidariedade”. “O terrorismo, com toda a sua barbárie, representa hoje o principal perigo para o mundo. Eu peço um empenho comum, de todos”, disse ainda Mattarella.

Na capital italiana, a fachada do Palácio dos senadores, a sede da Comuna de Roma, foi iluminada com as cores do esplendor italiano. As bandeiras foram colocadas a meia haste.

O primeiro-ministro do Japão também expressou a dor pelo ataque no Bangladesh. “Sinto uma raiva profunda por tantos inocentes terem perdido a vida devido ao cruel e nefasto terrorismo. Condeno este ataque profundamente. É um desafio contra os valores universais partilhados pela comunidade internacional”, afirmou Shinzo Abe.

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